Ribeirinhos são expostos ao risco das motos aquáticas no Rio Pindaré

As manobras violentas provocam ondas enormes que vão parar dentro das residências dos ribeirinhos.

As águas do Rio Pindaré sobem de forma acelerada e isso se torna um atrativo para banhistas e gente que vem de toda a região. O que era para ser apenas lazer e diversão tem gerado um problema grave. A falta de consciência de quem conduz lanchas de passeio e motos aquáticas afeta, principalmente, os ribeirinhos, que com a cheia do rio estão com a água na porta de casa.

As manobras violentas provocam ondas enormes que vão parar dentro das residências. A dona de casa Thaís Mendes conta que os usuários das motos aquáticas chegam na sexta-feira e ficam todo fim de semana, comprometendo até os objetos da casa com suas manobras. “Quando passa prejudica muito a gente. A água entra bagunça móveis. Na casa da mãe da minha sogra bagunçou porque não é de sobrado e quando a água vem leva tudo. O que tiver pelo chão leva, bagunça alaga tudo e eles não respeitam a gente”, desabafou.

O açougueiro José de Ribamar Pinheiro ressalta que os praticantes dos atos aquáticos põem em risco a vida das pessoas que vivem na região. “Arrisca a vida de uma porção de gente. E não é só nem de um nem de dois. É de uma porção. Não é de um idoso, é uma criança, é um adulto mesmo, que nem todo mundo sabe nadar. E aí? Como é que fica?”.

Uma força-tarefa conduzida pela Secretaria de Meio Ambiente de Pindaré com o apoio do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Guarda Municipal fez um trabalho de orientação neste fim de semana. A coordenadora da Defesa Civil, Vanessa Rocha, conta que alguns praticantes de jet ski desrespeitam as orientações das autoridades. “Alguns sim, outros não. Porque teve muita falta de respeito em relação a alguns que estavam usando os jet ski que quando estávamos perto eles respeitavam e depois que nós distanciávamos pra poder fazer orientações com outras pessoas eles continuavam da mesma forma com as irregularidades”, disse em entrevista a Tv Mirante.