Maranhão deve seguir plano de vacinação do Ministério da Saúde contra a Covid-19

O secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, não descartou a possibilidade de o estado aderir a um plano de vacinação a parte.

O secretário estadual de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, informou nesta quinta-feira (3), que o estado deve adotar o plano nacional de vacinação da Covid-19, anunciado pelo Ministério da Saúde, na terça-feira (1º).

Carlos Lula afirmou que mesmo com a adoção da estratégia "preliminar" divulgada pela pasta nacional, não descarta a possibilidade do Maranhão aderir a um outro plano de vacinação a parte.

A previsão é que as primeiras doses da vacina sejam aplicadas entre março a junho de 2021. A estratégia deve ser dividida em quarto fases. São elas:

  • Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
  • Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.
  • Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares).
  • Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Carlos Lula explicou que o plano se trata de uma estratégia inicial e que a população que não se encaixa nas primeiras fases, também deve ser vacinada. O secretário reforçou que a estratégia só deve ser colocada em prática quando uma das vacinas que estão em teste no país for aprovada pela Anvisa.

"Lembrando que este é um plano inicial da vacinação contra a Covid-19 no país, isso não quer dizer que as pessoas que não pertencem a estes grupos não possam ser imunizadas. Eu volto a dizer que este é um plano ainda em discussão e que só será colocado em prática quando uma das vacinas passar pelo registro da Anvisa", disse Carlos Lula.

Imunização nacional

Atualmente, o Ministério da Saúde possui 142,7 milhões de doses de vacinas garantidas por meio dos acordos da Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões). Até o momento, nenhuma delas obteve registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A expectativa do governo federal é vacinar, em 2021, pelo menos 109,5 mil pessoas. Em nota, o ministério informou que a estimativa é que a vacinação ocorra em "duas doses, como previsto pelos esquemas vacinais dos imunizantes já garantidos pela pasta com a Fiocruz/AstraZeneca e Covax Facility".

Nesta quinta-feira (3), o Senado aprovou, por 67 votos a zero, o projeto que fixa diretrizes gerais para distribuição de futuras vacinas contra a Covid-19. Um dos principais pontos que devem constar no programa, é que ele deve abranger de forma gratuita a "integralidade da população-alvo" e priorizar grupos vulneráveis à doença, segundo parâmetros científicos.

O texto determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) será priorizado nas aquisições e na distribuição de vacinas contra o coronavírus, "até que as metas de cobertura vacinal nacional sejam alcançadas". O projeto deve seguir para aprovação na Câmara dos Deputados.