Relatório do Imesc aponta aumento de Incidências de Queimadas no Maranhão
Bom Jardim está entre os municípios do estado que apresentaram a maior concentração de focos de queimadas nos meses de janeiro, fevereiro e março.
Imesc divulga Relatório de Queimadas referente ao primeiro trimestre de 2018. (Foto ilustração, Bom Jardim 18/10/2016). |
O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos
(Imesc) divulgou na quinta-feira (23) o Relatório das Incidências de Queimadas
no Estado do Maranhão, referente ao primeiro trimestre de 2018.
De acordo com a publicação, o Maranhão registrou 3.857 focos
de queimadas no primeiro trimestre de 2018. A maior incidência está na região do
Bioma Amazônico, que apresentou 2.062 focos, representando 53,46% das queimadas
de todo o Estado. Já no Bioma do Cerrado, esse número chega ao patamar de 1.740
focos, ou seja, 45% do total registrado no Estado o que potencializa perigo a
biodiversidade desse bioma.
O geógrafo do Imesc, Ribamar Carvalho, afirma: “é importante
levantarmos um alerta para fins de atenuar o cenário de queimadas notificadas,
visto que esta é considerada uma das regiões de elevada preservação, devido às
inúmeras riquezas naturais que a região abrange”.
Os municípios que apresentaram a maior concentração de focos
no Estado no acumulado dos meses de janeiro, fevereiro e março foram: Bom
Jardim, Centro Novo do Maranhão, Santa Luzia, Açailândia, Araioses, Buriticupu,
Santa Helena, Bom Jesus das Selvas, Itinga do Maranhão e Parnarama. Desses dez
municípios, sete possuem em seu território unidades de conservação e terras
indígenas.
“As unidades de conservação e as terras indígenas, são
justamente as áreas mais sensíveis a impactos negativos e devem ter ações
diretas para preservação e assim não sofrerem tantos riscos, principalmente em
decorrência das queimadas que muitas vezes são feitas criminalmente por madeireiros”,
analisa o geógrafo do Imesc, Ribamar Carvalho.
Para além dos fatores antrópicos, identifica-se fatores
naturais que influenciam a incidência de queimadas como a estiagem, altas
temperaturas, baixa umidade relativa do ar, diminuição dos índices pluviométricos.
“Esses fatores favorecem a ocorrência de queimadas e
determinam a sua dinâmica espacial, em locais com fisionomias abertas, como
campos, deflagrando a perda gradual da cobertura vegetal e propiciando avanço
de processos erosivos”, apontou Ribamar.
Relatório Incidência de Queimadas
Os focos de queimadas destroem milhares de hectares dos
ecossistemas no mundo, afetando a saúde das populações com grandes prejuízos
econômicos e ambientais sem precedentes. Com o intuito de contribuir com os
debates sobre a temática, o Imesc apresenta o Relatório Trimestral das
Incidências dos Focos de Queimadas no Estado do Maranhão.
Nesta edição, o relatório de Incidência de Queimadas se
desenvolve analisando de forma trimestral a dispersão dos focos de queimadas no
Estado, com o objetivo central de monitorar a ocorrência das queimadas no 1°
trimestre do ano de 2018 no Maranhão em diferentes níveis e escalas, fornecendo
base teórica para o direcionamento de políticas públicas que visem à prevenção,
controle e proteção do meio ambiente.
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