Pescadores pegam Pirarucu de 43 kg no Igarapé do Arvoredo na zona rural de Bom Jardim

Um grupo de amigos saíram para uma pescaria e retornaram trazendo um enorme peixe de 43 kg. Alegres, os pescadores dividiram a fartura entre todos.

Pescadores pegam Pirarucu de 43 kg no Igarapé do Arvoredo na zona rural de Bom Jardim.
Se alguém contar é até difícil de acreditar, mas dessa vez a história de pescador é verdadeira, isso mesmo, por incrível que pareça um Pirarucu foi pego nas águas do Igarapé do Arvoredo, nas proximidades do Povoado Casimiro, a cerca de 44 km da sede do município de Bom Jardim - MA.

O fato aconteceu no domingo, dia 10 de dezembro, quando um grupo de amigos saíram para uma pescaria e por volta das 13 horas retornaram trazendo o enorme peixe, que logo chamou a atenção de dezenas de curiosos, todos querendo saber como o bicho tinha sido capturado.

O “peixão” pesou 43 kg e fez a alegria dos pescadores que dividiram a fartura entre todos.
O “peixão” pesou 43 kg e fez a alegria dos pescadores que dividiram a fartura entre todos.
Pirarucu
O pirarucu (nome científico: Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de águas doces fluviais e lacustres do Brasil. Pode atingir três metros e seu peso pode ir até 200 kg. É um peixe que é encontrado geralmente na bacia Amazônica onde as águas são mais calmas. Costuma viver em lagos e rios de águas claras e ligeiramente alcalinas com temperaturas que variam de 24 a 37 °C, não sendo encontrado em zona de fortes correntezas e águas ricas em sedimentos.

É conhecido também como o bacalhau da Amazônia. Seu nome se originou de dois termos tupis: pirá, "peixe" e urucum, "vermelho", devido à cor de sua cauda.

Esta espécie de peixe possui características biológicas e ecológicas bem distintas: De grande porte, sua cabeça é achatada e ossificada, com um corpo alongado e escamoso. Pode crescer até três metros de comprimento e pesar cerca de 250 kg, possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão, no exercício da respiração aérea, obrigatória principalmente durante a seca, ocasião em que os peixes formam casais, procuram ambientes calmos e preparam seus ninhos, reproduzindo durante a enchente; é papel do macho proteger a prole por cerca de seis meses. Os filhotes apresentam hábito gregário, e durante as primeiras semanas de vida, nadam sempre em torno da cabeça do pai, que os mantém próximos à superficie, facilitando-lhes o exercício da respiração aérea.

Apesar de ser uma espécie resistente, suas características ecológicas e biológicas o tornam bastante vulnerável à ação de pescadores. Os cuidados com os ninhos, após a desova expõe os reprodutores à fácil captura com redes de pesca ou arpão. Durante o longo período de cuidados paternais, a necessidade fisiológica de emergir para respirar ocorre em intervalos menores, ocasião em que os peixes são pescados. O abate dos machos nestas circunstâncias e também a longa fase de imaturidade sexual dos filhotes, conhecidos como "bodecos" onde seu peso varia entre 30 e 40 quilos, propicia a captura destes por predadores naturais como as piranhas, fazendo assim com que o sucesso reprodutivo da espécie seja diminuído.

O Pirarucu não apresenta dimorfismo sexual externo, salvo quando em época de reprodução, que apresenta diferenças nas colorações de suas escamas.
O pirarucu é servido como componente principal em diversos pratos típicos do Amazonas, um desses pratos é o "Piracucu à casaca" que é bastante servido em festejos juninos. Sua carne é bastante apreciada. Além disso, partes de seu corpo, como sua escama, eram utilizadas no passado como lixas para unhas e outras utilidades.