Liberação da ponte sobre o Rio Pindaré, na BR-316, deve levar até seis meses

DNIT informa que as obras devem começar ainda este mês, com previsão de término em até seis meses. A interdição tem impactado a região.

Segundo afirmação de representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em reunião realizada na quinta-feira (6), na Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra-MA), a previsão para a liberação da ponte sobre o Rio Pindaré, na BR-316, é de seis messes.

O tráfego na ponte foi interrompido no dia 3° de março pelo DNIT, de forma preventiva, em decorrência de problemas graves de desgaste e falta de manutenção. A interdição aconteceu após indígenas da Terra Indígena Pindaré detectarem que, embaixo do vão central da ponte há uma corrosão que fez parte da estrutura da laje inferior ceder e desabar.

A interdição tem impactado diretamente a mobilidade da população e o transporte de mercadorias na região, assim como o deslocamento de pacientes em enfermidades para hospital de referencia na região ou em tratamento fora de domicilio como é o caso de pacientes com insuficiência renal que precisam passar pela ponte, duas ou até três vezes por semana, para fazer hemodiálise em outros municípios.

Durante a reunião com as autoridades e técnicos, foram discutidas alternativas para reduzir os transtornos enfrentados pelos moradores de Bom Jardim, Pindaré-Mirim, Zé Doca e Santa Inês, além de condutores que utilizam a rodovia para escoamento de produtos e deslocamento entre o Nordeste e o Norte do país.

O secretário de Infraestrutura Aparício Bandeira observou que a interrupção do tráfego foi necessária, mas vem causando problemas de logística na região, afetando o Pará e municípios Maranhenses. "Estamos discutindo soluções para reduzir os transtornos à população", destacou.

O DNIT informou que está executando o levantamento dos serviços a serem feitos, que realizará, por um período de 15 dias, avaliação topográfica da ponte para identificar possíveis movimentações da estrutura e que a partir deste monitoramento, será montado um plano de trabalho emergencial para a recuperação.

O órgão disse ainda que após vistoria técnica realizada na última quarta-feira (5), constatou que não há risco iminente de desabamento e liberou provisoriamente a passagem de pedestres e ciclistas, mas a de veículos motorizados continua proibida.

Obras e recuperação

O DNIT informou que as obras devem começar ainda este mês, com previsão de término em até seis meses.

O governo estuda medidas paliativas para garantir a travessia de pedestres e veículos leves enquanto as obras são realizadas. Além disso, soluções alternativas para o transporte de cargas e deslocamento interestadual estão sendo analisadas.

Durante as obras na ponte, a serem executadas pelo Governo Federal, uma das alternativas será o desvio de Santeiro, em Viana, até Pedro do Rosário, de 38 km.

As autoridades estaduais e federais seguem monitorando a situação da ponte e novas atualizações devem ser divulgadas em breve.