Vereadores envolvidos na ‘máfia do combustível’ podem ser afastados
Os parlamentares são réus na Ação Civil Pública por atos de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Maranhão.
Segue as investigações que podem levar a cassação dos
mandatos dos sete vereadores acusados de envolvimento na "máfia do
combustível". Os parlamentares são réus na Ação Civil Pública por atos de
improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Estado do Maranhão.
As investigações seguem e a qualquer momento os
vereadores podem ser afastados dos cargos pela justiça.
A ação relata graves irregularidades comprovadas que
transgrediram as normas e princípios constitucionais e administrativos com a
manutenção de verdadeira "máfia do combustível" em Bom Jardim , esquema
descoberto após investigações conduzidas pelo Ministério Público, inclusive com
provas documentais, depoimentos, interceptações telefônicas deferidas
judicialmente no decorrer da operação.
Conheça os vereadores envolvidos que também tiveram os bens bloqueados pela justiça.
Antonio Carlos da Sousa dos Anjos (Manim), Charles Viana da Silva (Lebreu), Manoel da Conceição Ferreira Filho (Sinego), Maria Sonia Brandão de Jesus (Sonia Brandão), Antonio Barbosa de Almeida Filho (Filho), Clebson Almeida Bezerra (Professor Clebson), José de Ribamar Ferreira (Dandor), estes são os sete parlamentares réus na Ação Civil Pública que investiga a "máfia do combustível".
O procedimento administrativo instaurado para apurar as
irregularidades nos abastecimentos de veículos apresentou provas robustas da
ocorrência de desvio de recursos públicos, através de contrato de fornecimento
de combustível, sendo que o prefeito e o seu irmão seriam os mentores
intelectuais do esquema, por meio da autorização de abastecimento de veículos
particulares de vereadores em troca de apoio político, com dano ao erário estimado
em R$ 70 mil por mês.
“Há dezenas de notas de abastecimentos assinadas pelos
requeridos, inclusive de vereadores da base aliada do governo, para o
abastecimento de seus carros particulares sem qualquer controle da máquina
administrativa, ocasionando evidente lesão ao erário público, dinheiro do povo
que deveria ser revertido em prol de toda a comunidade bomjardinense nas mais
diversas áreas, como, por exemplo, saúde, educação, saneamento básico, entre
outras, mostrando o total descaso dos requeridos, representantes eleitos pelo povo,
com o bem-estar e qualidade da população tão carente de gestores adequados para
a mudança na condução da máquina pública”.
Em decisão proferida no inicio deste mês, os vereadores
também tiveram seus bens bloqueados pela justiça. Os bens são imóveis,
veículos, e valores depositados em agências bancárias, que assegurem o integral
ressarcimento do dano, limitado à quantia R$ 1.435.468,65 (um milhão,
quatrocentos e trinta e cinco mil, quatrocentos e sessenta e oito reais e
sessenta e cinco centavos). Valores suficientes para garantir a execução da
multa e do ressarcimento do dano causado ao erário público.
Por: Josivan Rodrigues, jornalista 0001819/MA.
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