Funcionários do Supermercado Mateus são presos por suspeita de cárcere privado e tortura em Santa Inês

Raimundo Nonato dos Santos Paulo Júnior informou à polícia que ficou algemado e preso no interior do supermercado durante seis horas.

Quatro funcionários da rede de supermercados Mateus foram presos na segunda-feira (27), em Santa Inês, por serem suspeitos de manter um homem em cárcere privado e também por torturá-lo.

Segundo o boletim de ocorrência, Raimundo Nonato dos Santos Paulo Júnior informou à polícia que chegou ao supermercado por volta das 8h de domingo (26), que ficou algemado e preso no interior do supermercado durante seis horas.

Segundo a vítima, ele foi algemado com os braços para trás e ainda amarrado com um pedaço de cabo elétrico.

Os funcionários alegaram que Raimundo Nonato teria furtado mercadorias do estabelecimento, o que foi contestado pela vítima, já que Raimundo Nonato afirmou em depoimento à polícia que pagou por um frango congelado o valor de R$ 28.

O homem foi levado pelos seguranças até o almoxarifado. A vítima relatou à polícia ainda que foi ameaçada por um segurança que pedia para ele confessar que "pegou as coisas" e que se corresse receberia um tiro.

O pai de Raimundo chegou a ir ao supermercado duas vezes para procurá-lo tendo em vista a demora, mas só encontrou a moto usada por ele.

Por meio de nota, a rede de supermercados Mateus disse que os funcionários presos abordaram um caso de furto de inúmeras mercadorias. Disse também que foi dado a Raimundo Nonato o prazo para pagar pelos produtos, o que não ocorreu.

A nota diz ainda que diante do fato, Raimundo Nonato deturpou os fatos e levou ao conhecimento da polícia uma história distorcida. Por fim, a nota afirma que a rede de supermercados está à disposição das autoridades para esclarecer o fato.

Assista a imagens da ação

Leia a íntegra da nota

“Relatamos que a equipe de segurança interna, abortou um caso de furto de inúmeras mercadorias. Foi concedido ao autor, um prazo para que a sua família efetuasse o pagamento das mercadorias, evitando assim, o registro formal da ocorrência. Sem o comparecimento de familiares, o autor foi embora, tendo a empresa recuperado os mais de 30 produtos furtados. Em represália à apreensão, o mesmo registrou boletim de ocorrência, deturpando os fatos e levando informações distorcidas ao delegado de plantão que apurou preliminarmente o caso. Continuaremos à disposição das autoridades para esclarecer o ocorrido”.