Maranhenses se mobilizam para discutir cultura do estupro

Plenária, organizada em rede social, está marcada para amanhã, às 15h, na sede do Iphan; outra mobilização deve ocorrer no dia 3 de junho.

Mulheres acrescentaram frase em seus perfis no Facebook (Foto: Reprodução).
Mulheres maranhenses estão utilizando as redes sociais para se mobilizar, após a divulgação do estupro coletivo praticado por 33 homens do qual foi vítima uma adolescente de 16 anos, no Rio de Janeiro. Organizado por Talita Setúbal, a Plenária de Articulação de Mulheres: Digo Não à Cultura do Estupro está sendo divulgada por meio de uma página criada no Facebook. A mobilização está marcada para amanhã, às 15h, no prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na Rua do Giz.

"Estamos acompanhando com indignação a barbaridade causada pelo machismo: o estupro de uma jovem por 33 covardes, num ato insano e criminoso. Mulheres todos os dias são brutalmente violadas, assassinadas, a violência sendo banalizada, mas nós continuaremos a dizer NÃO AO MACHISMO! Por isso chamamos todas as mulheres para discutir a cultura do estupro e articular um grande ato na ilha!", destaca a página, que já tem mais de 770 mulheres confirmadas no evento e outras 801 interessadas.

Outra mobilização que será realizada em São Luís é a Marcha por todas elas, marcada para o dia 3 de junho, às 16h, na Praça Deodoro, em frente à Biblioteca Benedito Leite.

Desde que foi divulgado, o caso da jovem estuprada no Rio de Janeiro, cujas imagens foram divulgadas na internet, ganhou repercussão nacional e internacional e causou revolta. Em todo o país, mulheres estão se mobilizando para discutir a cultura do estupro e como o assunto ainda é abordado sob um viés machista. No Twitter, a hastag #EstuproNãoÉCulpadaVítima está entre os tópicos mais comentados, com mais de 44 mil menções. No Facebook, muitas mulheres acrescentaram às suas fotos de perfil a frase "Eu luto pelo fim da cultura do estupro".

Fonte: Jornal O Estado