Índios realizam manifestação contra crescente ameaça a territórios

Os protestos desta quinta-feira (31), em Santa Inês e São Luis, seguem a mobilização nacional dos povos indígenas, na campanha: “Sangue indígena, Nenhuma Gota a Mais!”.

Tribos indígenas realizam manifestação em Santa Inês e fazem caminhada pelas ruas da cidade.
Na manhã desta quinta-feira (31) os povos indígenas de todo o Brasil e pessoas em diversos países do mundo se reuniram em uma mobilização de solidariedade aos povos indígenas com o intuito de conscientizar a sociedade em defesa dos direitos indígenas.

No Maranhão, os protestos aconteceram em dois municípios, na capital, São Luis, o encontro foi na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde realizaram uma série de atividades como dançar e gritar palavras de ordem.

No interior do estado, índios das aldeias das regiões de Bom Jardim e São João do Caru se mobilizaram na Praça da Rodoviária do município de Santa Inês e, saíram em caminhada por ruas do centro da cidade, que fica localizada na região oeste do estado.

As manifestações, que ocorre no Maranhão, também estão acontecendo simultaneamente em outros estados do Brasil e também no exterior, e fazem parte da campanha “Janeiro Vermelho” com o tema “Sangue indígena, nenhuma gota a mais!”.

Os índios das etnias Tremembé, Guajajara, Krikati, Gavião e Canela participaram dos protestos no Maranhão. A mobilização é organizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e apoiada pela Mobilização Nacional Indígena (MNI).

Principais reivindicações dos povos indígenas brasileiros:

  1.  Proteção dos direitos indígenas previstos na Constituição Brasileira;
  2.  Demarcação das TIs;
  3.  Garantia dos direitos humanos e combate à violência contra indígena;
  4.  Reconhecimento dos povos originários e de sua cultura ancestral;
  5.  Contra a transferência da Funai para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos;
  6.  Contra a transferência da demarcação de terras indígenas para o Ministério da Agricultura.
  7.  Contra a flexibilização e transferência do licenciamento ambiental para o MAPA
  8.  Pelo respeito aos tratados internacionais em especial o Acordo de Paris e o direito de consulta e consentimento.

Por: Josivan Rodrigues, jornalista 0001819/MA.