Família decide local de sepultamento do corpo de Ananias entre São Luís e Salvador

Informação que chegou aos parentes do jogador foi que os corpos devem chegar da Colômbia ao Brasil, nesta sexta-feira (2). Pode ter velório coletivo em Chapecó-SC.

O sepultamento do corpo do jogador maranhense Ananias, morto na tragédia do avião da Chapecoense, está entre São Luís e Salvador. A dúvida será solucionada na tarde desta quarta-feira (30). A esposa e o filho do jogador moram na Bahia e a mãe e demais parentes são de São Luís. Por isso, os familiares ainda vão conversar para decidir o local. O acidente teve 71 mortos e seis sobreviventes.

A informação que chegou aos parentes do jogador foi que os corpos devem chegar ao Brasil na sexta-feira (2). Na oportunidade, a Arena Condá, local dos jogos do time, deve servir para o velório coletivo.

- Provavelmente uma pessoa vai daqui de São Luís para acompanhar tudo lá em Chapecó. Vamos decidir ainda tudo isso. Sobre o enterro, vamos decidir à tarde. Vamos conversar com a esposa dele para saber como faremos – disse o marido de uma tia do jogador, Paulo de Aruanda, que atende a imprensa desde a terça-feira por conta da consternação dos outros familiares de Ananias.

Nessa terça-feira, logo que soube do acidente, a mãe do jogador, dona Rosália, teve que ser hospitalizada por duas vezes. Todas as televisões chegaram a ser retiradas da casa para que a família não tivesse contato direto com as informações sobre a tragédia e aumentasse a dor.

A morte dele foi confirmada pelas autoridades colombianas, na madrugada de terça-feira (29). O avião transportava a delegação da Chapecoense-SC caiu próximo a Medellín, na Colômbia. A viagem era por conta do primeiro jogo da final da Copa Sul-America, que estava marcada para quarta-feira (30), contra o colombiano Atlético Nacional. O jogo foi cancelado pela Conmebol.

Ananias Eloi Castro Monteiro nasceu em São Luís e faria 28 anos no dia 20 de janeiro de 2017. Ele fez toda a base no Bahia e depois de jogar pelo profissional do próprio Tricolor, seguiu para Portuguesa, Cruzeiro, Palmeiras e Sport, antes de chegar à Chapecoense. Nunca jogou em um time do Maranhão. Saiu do estado aos 12 anos. Morava na Cidade Operária, em São Luís. Depois, a mãe se mudou para o Residencial das Rosas, em São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís.