Governo suspende apreensão de veículos com IPVA atrasado no Maranhão

Atualmente, veículos com atraso no imposto eram levados para um pátio e leiloados.

O deputado estadual e líder do governo, Rogério Cafeteira (DEM) comunicou nesta terça-feira (8) que o Governo do Estado promete aliviar na cobrança dos atrasos ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O decreto foi anunciado na Assembléia Legislativa e deve ser publicado na edição desta quarta-feira (9) do Diário Oficial.

Após várias fiscalizações que resultaram em pátios lotados de veículos apreendidos, Rogério Cafeteria tentou explicar as razões para o governador Flávio Dino (PCdoB) decidir aliviar a fiscalização.

“Antes, era recolhido por um guincho, levado para o pátio, e aí só poderia ser retirado depois de pago todas as multas, taxas, o guincho e a estadia no pátio. Então isso, realmente, onerava muito a carga ao contribuinte", declarou o deputado.

Segundo o decreto, em caso de atraso do licenciamento o veículo deve ser entregue a um condutor habilitado e não pode circular enquanto a situação não for regularizada. Além disso, o governo promete dar um prazo para que o motorista pague o imposto que deve antes de apreender o veículo. Só depois disso é que o veículo deve rebocado.

Atualmente, o veículo sai da blitz direto para o pátio de uma empresa de leilões. Os carros que ficam expostos no pátio são rebocados em guinchos contratados pelo governo. A maioria dos casos é decorrente do não pagamento de IPVA.

De acordo com editais publicados de 2015 a 2017, o Detran do Maranhão, por meio da Comissão de Leilão do Estado, vendeu quase 10 mil veículos. Uma ação popular, com pedido de liminar, tenta barrar na justiça os leilões de veículos apreendidos por falta de pagamento do imposto.

“O fundamento é a constitucional porque o artigo 150, inciso 4ª, veda o confisco como forma de tributo. É uma limitação imposta na Constituição. Não se pode confiscar um bem a título de reaver um imposto", afirmou o advogado Thiago Brhanner sobre o pedido na justiça.

Fonte: G1 MA